Morando na Tailândia
Quando planejei o meu ano de nômade digital a Tailândia não estava nos meus planos. Apesar de ser um lugar famoso para quem trabalha remoto – por ser um país barato e que oferece muita qualidade de vida – o meu pouso aqui foi quase acidental. A viagem para a Tailândia começou com um visto que “deu errado”, minha tentativa de ir para a Austrália foi frustrada por uma demora inesperada no processo do visto. Não foi negado, porém demorou muito mais do que o esperado para ser aprovado. A minha forma de lidar com a frustração foi buscar por lugares que brasileiros não precisam de visto para passear, de preferência na Ásia já que estávamos em falta com este continente aqui no Qualquer Latitude (e para mim pessoalmente era o único que faltava conhecer) e com a experiência de morar em um co-living já que era algo que ainda não falamos sobre aqui no QL.
Foi nesta busca que me encantei por um prédio e sim, a decisão final de para onde eu iria foi 100% baseada em uma piscina bonita – e eu não me arrependo.
A vida de Nômade Digital:
Depois de quase um ano passando por mais de 20 cidades eu percebi que um pouco de rotina e uma base fazem bem. Juro que achei que isso nunca iria acontecer, mas chegou um momento que eu não aguentava mais viajar. Ou melhor, não aguentava mais estar em um lugar novo a cada semana.
A questão é que nunca é só chegar em um lugar, tem que testar internet, organizar o fuso e as reuniões – caso ele mude-, entender diversas máquinas de lavar roupa, encontrar bons lugares para comer ou ir no super mercado, sem falar em arrumar e desarrumar a mala. Cansada da logistica mas não de conhecer lugares novos cheguei a conclusão que era melhor mudar o estilo. Uma viagem de dois meses para uma cidade só – e de lá é claro fazer algumas viagem de fim de semana e estas coisas-.
Na minha última viagem passei um tempinho com duas amigas que também são nômades digitais. Porém elas estavam com uma base em Barcelona e um plano de coworking para facilitar o trabalho. Muito mais sustentável do que a minha correria e mudança de cidades. Percebi que era isso que eu queria para a minha próxima aventura que até então eu acreditava ser na Austrália.
Mas afinal o que é um Co-living
Um co-living nada mais é do que uma comunidade pessoas com um estilo de vida parecido que dividem alguns espaços em comum. Não existe um só modelo, alguns são estilo hosteis com quartos compartilhados porém com moradores um pouco mais permanentes e um foco maior no trabalho remoto do que nas festas, outros são quartos privados em uma casa compartilhada e tem também os que são estúdios e apartamentos em prédios clube em que as áreas compartilhadas são academias, pisicinas, coworkings, etc. Normalmente os co-livings são alugados em planos mensais e ficam mais baratos para viagens mais longas.
Morar em um co-living: O prédio que me fez vir para a Tailândia
Eu caí de paraquedas neste paraíso chamado Tailândia. Apesar do país estar na minha lista de destinos faz algum tempo o que me fez tomar a decisão de vir foi descobrir o HOMA, um co-living para nômades digitais. Neste co-living tem estúdios e apartamentos de até três quartos, um coworking 24 horas – o que é muito importante para o meu fuso horário de trabalho, a piscina mais maravilhosa que eu já vi na minha vida e academia com algumas aulas como a de Muay Thai.
Os apartamentos são mobiliados, tem televisão e os principais utensílios de cozinha. Além disso tem limpeza toda semana e um aplicativo onde podemos solicitar serviços de manutenção no apartamento e recebemos os comunicados do prédio.
Como é morar em um co-living: as primeiras semanas
Já cheguei na Tailândia com a minha rotina fitness planejada. Depois de passar o ano rodando sem parar eu estava sentindo muita falta de fazer exercícios mais regulares. Também já cheguei com uma agenda cheia de trabalho, mas o objetivo desta viagem desde o começo era ser mais calma e focada em uma rotina tailandesa que funciona mais ou menos assim:
Eu acordo entre 8 e 10:30 dependendo da aula que quero fazer na academia, depois da academia vou para a piscina e fico até o horário do almoço. Depois do almoço tiro uma soneca de mais ou menos uma hora e, se eu quero sair para jantar, começo a trabalhar lá por 16h, faço uma pausa para o jantar lá por 21h e sigo trabalhando até 1:30- 2h da manhã.
Nos finais de semana aproveitamos para passear e curtir as belezas da Tailândia.
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Yasgraeml
Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!