Saiba como se sentir no Japão sem sair de São Paulo
Inspirado pelas Olimpíadas de Tóquio 2020, aproveitei para visitar alguns pontos turísticos de São Paulo que celebram a cultura japonesa. Três dos mais conhecidos, são: a Japan House, o Museu da Imigração Japonesa e o Bairro da Liberdade – todos com homenagens e lembranças muito presentes do Japão. Vale lembrar que, hoje, o Brasil é o país que possui a maior comunidade de japoneses fora do Japão. São mais de 1,6 milhões de japoneses e descendentes. Dá uma olhada quais foram os lugares para se sentir no Japão em São Paulo que eu fui conhecer:
1 – Japan House
São Paulo foi um dos três locais escolhidos, além de Londres e Los Angeles, para receber a Japan House. Os locais foram selecionados especialmente para difundir todos os elementos da cultura japonesa para o mundo. Criada pelo governo japonês, o projeto da Japan House é um intercâmbio entre o Japão e o resto do mundo, capaz de produzir grandes oportunidades e atrair visitantes para novas experiências e atividades. Sempre com exposições inovadores e muito interessantes feitas por representantes do país.
A Japan House fica na Avenida Paulista, nº 52 e está aberta de terça a sexta-feira das 10h às 17h e de sábado e feriados das 9h às 18h. O local também possui uma loja, um café e um restaurante no local. Em decorrência da Covid-19, o local está recebendo no máximo 60% da capacidade máxima.
2 – Bairro da Liberdade
O bairro da Liberdade possui um forte laço com a cultura oriental e isso não acontece por acaso. Entre 1910 e 1915, quando os japoneses chegara a São Paulo em busca de moradia, foi na região da Liberdade que a colônia japonesa encontrou um local para se estabelecer na cidade. Com o tempo, o bairro foi ganhando características cada vez mais orientais.
Hoje, você encontra restaurantes de culinária japonesa, chinesa e coreana, mercados com produtos típicos dos países e muitos outros produtos que só se pode encontra no bairro. A feira de comidas e produtos típicos que acontecem aos finais de semana que vendo doces e salgados como yakisoba, tempurá, mochi (um bolinho recheado de feijão doce) é um dos destaques da região. Uma característica comum do bairro é a presença de karaokês. Estabelecimentos tradicionais vindos para o Brasil por volta da década de 70, que auxiliaram para introduzir ainda mais a cultura japonesa, uma vez que soltar a voz em um karaokê é uma prática levada a sério no Japão.
3 – Museu da Imigração Japonesa
O museu fica na rua São Joaquim, 381, no bairro da Liberdade. Inclusive, você pode dar uma volta pelo bairro como na dica a cima e depois parar no museu para saber mais sobre a história da imigração japonesa no Brasil. Vale lembrar que, atualmente, em decorrência da pandemia da Covid-19 o museu está recebendo apenas 60% da sua capacidade total e o agendamento precisa ser feito pelo site oficial.
Conforme você entra no museu, que se encontra nos andares 7, 8 e 9º do prédio, você vai se deparando com diversos objetos, miniaturas, roupas, armaduras e outros pedaços da história dos japoneses no Brasil – além de explicações muito didáticas e visuais sobre a história. Quando eu fui, o 9º andar estava fechado para melhorias na exposição.
Fundado em 1978, o Museu continua cumprindo sua missão como um local que visa preservar a memória dos antepassados. Em 2018, as instalações expositivas passaram por reformas e modernização e em 2019 novos espaços foram adicionados ao Museu, tornando-o ainda mais um ponto obrigatório de visita.
Um dos pontos mais interessantes da visita é um computador com as informações da Comissão de Registro Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. Nos qual as pessoas podem pesquisar, através do nome e sobrenome, os parentes que chegaram ao Brasil. O registro oferece, além dos nomes, a data, o nome do barco e o ano que a pessoa chegou ao país.
Outro destaque do museu, é a maquete que ocupa boa parte de uma das salas do local do navio Brasil-Maru, que foi construído especialmente para os imigrantes que viriam para a América do Sul – de acordo com informações do próprio museu, o navio realizou apenas três viagens ao Brasil em decorrência da II Guerra Mundial. Depois disse foi transformado em navio cargueiro até ser afundado no sul do Oceano Pacífico.
Se você tem interesse ou curiosidade para saber mais sobre a história da imigração japonesa desde o início até os dias de hoje, o museu é o lugar ideal para passar a tarde – seja na visita completa, para quem gosta de andar e ler cada uma das informações ou na visita mais rápida, daquelas pessoas que gostam apenas de ver a exposição sem muito leitura.
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Agora que você já se aventurou por museus, o que acha de conhecer o Castelo de Batel, em Curitiba/PR?
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Gabriel Gameiro
Paranaense de nascimento e paulista de criação, é jornalista e repórter do Qualquer Latitude. Tem 25 anos e, como um bom aquariano, ama viajar e conhecer as novidades que estão acontecendo por aí. Não vive sem Carnaval, ama tocar em bateria de escolas de samba e não sabe andar na rua sem parar para brincar com um cachorro. Começou a escrever em 2015 e nunca mais parou, ama fazer matérias sobre viagens, turismo e apresentar esse mundo para seus leitores. Instagram: gabrielgameirog