Um Estados Unidos não Hollywoodiano

Sou uma forte defensora da frase: “A vida começa onde a zona de conforto acaba”. E viajar é sair totalmente da zona de conforto, principalmente quando se vai para lugares fora da “rota turística”. Para lugarzinhos no meio do nada! Depois de 4 dias batendo perna por NY chegou a hora de uma “Road Trip” para o interior dos Estados Unidos. Conhecendo os Estados Unidos não Hollywoodiano.

A parte que como diz uma grande amiga minha, tem fio de luz (normalmente nas regiões mais turísticas de países mais desenvolvidos os fios são subterrâneos).Onde a vida não é cercada de luzes, nem parece com um filme de Hollywood (ou se aparece em filmes é quando os personagens vão visitar os avós em cidades pequenas, com fazendas e lojinhas estilo brechó.)

Uma dessas cidades foi Middlebury. Uma cidade em universitária onde a maior parte da cidade é um College  especializado em ensinar línguas. Em um curso de férias os alunos passam 7 semanas falando em uma língua estrangeira. Eu fui para a parte de língua portuguesa passar dois dias e ajudei a passar um pouco de sotaque curitibano para os gringos. No começo do curso eles fazem um juramento de não falar em inglês e agora na quinta semana a maior parte já entendia tudo .Todos queriam conversar comigo porque eu falo muito e também falo rápido!  Além de aulas de português eles tem aula de teatro, dança, capoeira e cultura brasileira. Eu fiquei lá só por dois dias mas me apaixonei pelo lugar e pelas pessoas.Quero voltar por mais tempo ensinar mais alguns gringos novas palavras em português e a dançar como os brasileiros.

Os colleges americanos são praticamente uma cidade, tem que andar de carro por dentro para chegar em alguns lugares. Tem refeitório, piscina, dormitórios, quadras de futebol, nesse que eu estava tinha até um cemitério. Na verdade  era difícil saber onde acabava o college e começava a pequena cidade.

Nas pequenas cidades fica ainda mais claro o grande patriotismo americano. Em quase todas as casas e lojinhas tem a bandeira dos Estados Unidos.

No fim destes dois dias me impressionei de como os alunos se dedicam e aprendem rápido uma nova língua! Fiquei até envergonhada de nunca ter conseguido aprender francês.