O lado negro do capitalismo
Primeiro, queria deixar bem claro que esse post não é a favor do socialismo e sim uma crítica ao consumo descontrolado e um alerta aos seus impactos ambientais.
Nas últimas férias fiz uma viagem para Nova York. A cidade é incrível, cheia de atrações e luzes. Porém, algo me chamou a atenção quase mais do que o agito da cidade: a quantidade de lixo acumulada nas ruas. Todas as noites, na caminhada de volta ao hotel, eram pilhas e mais pilhas de lixo. Estavam por todas as esquinas. Quanto lixo nós produzimos diariamente!
De acordo com o meu professor de biologia, um ser humano produz em média 20 toneladas de lixo ao longo da vida. Se minha matemática não falha, uma pessoa que vive por 80 anos gera uma média de 700g de lixo por dia. Se isso fosse em folhas de papel sulfite, seriam 800 folhas. Agora, considerando que uma árvore pode ser transformada em 10.000 folhas de papel, isto representa uma árvore a cada 12 dias. Estou certa? Voltando a pensar em uma vida de 80 anos, seriam 2.433 árvores cortadas só para fazer o seu lixo! Isso pensando em papel, que é um dos lixos com o menor impacto ambiental, já que se decompõe rapidamente. Se pensarmos que boa parte deste lixo é plástico ou isopor, a situação é ainda mais crítica porque estes produtos demoram muito mais para se decompor.
Sabe o que é o pior, é que nós não nos importamos. Ecologia não passa de um assunto que aprendemos na 1ª série. Já fizemos a nossa parte reaproveitando sucata para montar um brinquedo (que acabou indo para o lixo, de qualquer forma). E quando digo nós, eu me incluo. Fazemos um discurso bonito, mas tudo fica para trás quando um celular mais moderno é lançado ou quando encontramos aquela roupa linda no shopping e compramos, mesmo já tendo roupas suficientes no guarda roupa… Consagramos o consumismo.
E é fácil se livrar do lixo, não é mesmo? É só colocar para fora de casa que o problema não é mais nosso, ele some. À noite o lixeiro passa e leva para longe, nunca mais vemos. Mas para onde o lixo vai?
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Yasgraeml
Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!
2 Comentários
Tati Abdalla
Muito bom!
yasgraeml
Obrigada Tatones!