Treinamento Quick Service- Diário de uma Quick Disney

Já contei em um outro post sobre meu processo seletivo e hoje vou contar um pouco da minha experiência de treinamento Quick Service Food & Beverage no Disney’s Port Orleans Riverside Resort (o resort mais lindinho da Disney).

Fui da primeira data do ICP, meu programa começou no dia 15 de novembro. Durante as duas primeiras semanas, tivemos alguns treinamentos como o Traditions (que todo o funcionário da Disney deve ter para entender o “mundo Disney”), e também tivemos alguns treinamentos de segurança e outros específicos para Quick (sobre higiene, e eu como faço engenharia de alimentos já tive uma matéria só sobre isso, então já conhecia muitas das siglas e métodos).

Depois disso, tive duas semanas e dois dias de treinamento quick service no meu resort. No começo eu fiquei muito triste de ter caído em resort mas acabei amando! No resort tem uma praça de alimentação o que me deu muito mais opções de trabalhos do que em parque e isso deixava menos monótono.

O resort era tão amplo que eu poderia estar de manhã servindo Yogurt e Soaps ou fazendo a primeira troca de menu, às 10 horas da manhã que entrava a opção salad. Depois das 11 às lanchonetes mudavam! A waffle shop virava Sandwich shop, o Omelet virava Pasta, o Omelet & Biscuits and Grave se tornava a Pizza Shop e o Pancakes & French Toast mudava para Burguer Shop. A Bakery continuava a mesma lojinha mas mudava as comidas: de muffins, cinnamon rolls, breads, chocolate croissants para milk-shakes, ice creams, cupcakes, magic cookie bar, entre outros.

Além de servir e fazer as trocas eu poderia também ficar no Trash & Trays (trocando os lixos e as bandejas) – que todo mundo costuma não gostar mas eu até que gostava; Dining Room limpando as mesas e as sujeiras mais aparentes do chão (o resto eram os custodials que tinham turno de madrugada que limpavam); Market Stocker estocando os carrosséis de snacks que tinham no meio da praça (só as mugs do carrossel porque de resto eram os merchandises que levavam) e os freezers.

Eu também ficava na Beverage Island (que era um horror de fechar a noite, mas amava ficar de dia!) limpando e estocando toda a “ilha” de aditivos para os alimentos e onde se pega as bebidas (aquela máquina que você coloca a mug embaixo) – ou seja, tinha que estocar guardanapo, canudo, molhos, caixas de refrigerante, chocolate quente, etc – mas como resort fica vazio de dia, era tranquilo.

Esta última função era tão intensa que o dia em que fiquei na Beverage Island sozinha, foi o dia que me toquei que realmente ser Quick não é um trabalho fácil. Apesar dessa posição ser tranquila, os refrigerantes da máquina tinham acabado então tive que ir trocar as caixas sozinha. As caixas são m-u-i-t-o pesadas e melecavam a mão! Fui trocar pela primeira vez e demorei meia hora pra trocar apenas umas 3 caixas. Foi difícil, mas me acostumei depois e meus bíceps estavam muito treinados!

Você deve estar imaginando o tamanho do meu treinamento Quick Service para poder fazer todas estas coisas. As duas semanas foram divididas em treinamentos noturnos e diurnos. A primeira foi de treinamentos noturnos e a segunda semana de treinamentos de dia. Para cada semana eu tive o KAPA -uma “prova” de que eu tinha aprendido tudo (me deu medo, mas foi basicamente o meu treinador fazendo tudo de novo comigo)-. A diferença entre os dois tipos de treinamento é que: de dia eu era treinada para abrir os restaurantes e servir o café da manhã e de noite eu saberia servir o almoço/jantar e fechar os restaurantes (o que era sempre uma loucura). Os meus treinamentos duravam 8 horas por dia, cada dia um treinador diferente. A maioria eram CP’s (college programs, os americanos no mesmo programa que nós) que na verdade não podem treinar, mas como os do meu resort pegaram o trabalho rápido, meus managers deixaram ele nos dar os treinamentos.