Diário de uma Attraction- A seleção

Disney Attractions/ Operation é como são chamadas as pessoas que cuidam e operam as rides, ou seja brinquedos da Disney. É uma role bem procurada por quem participa do Disney College Program e para mim muito especial, afinal trabalhei como Disney Attractions no Hollywood Studios no ICP 17/18

Disney Attractions é uma role dividida: Attractions Opperations que é quem trabalha nos brinquedos e PAC (Parade Audience Control) que é responsável por fazer marcações no chão e organizar os guests para assistir shows e paradas.

O ICP sempre foi um sonho meu e por isso assim que cumpri os pré requisitos para participar do programa não pensei duas vezes. Durante todo o processo o que mais me tirava o sono era a escolha da role. Eu sabia que era importante escolher algo que eu realmente me identificasse e sentisse prazer em fazer todos os dias. Para decidir me coloquei no lugar de guest e pensei no que mais gostava quando ia nesses lugares. Como minha parte favorita em parques de diversão sempre foram os brinquedos – montanhas russas e simuladores-  percebi que gostaria de estar no local onde onde as pessoas estavam ansiosas para sentir a emoção dos brinquedos! Foi assim que resolvi que a minha primeira opção era ser Disney Attractions.

Foi minha primeira vez tentando o ICP e, como as vagas das inscrições acabam muito rápido, acabei tendo que viajar pra Belo Horizonte.Todo processo foi uma aventura pra mim, sentia um nervosismo fora do normal.O que me ajudou muito foi ter minha melhor amiga do meu lado e mesmo com o medo de apenas uma ser aprovada a gente se apoiou o caminho inteiro. Fizemos todas as fases juntas, dividimos quartos de hotel o que deixou tudo ainda mais leve e divertido. No final deu tudo certo e curtimos muito o programa juntas.

A primeira fase é normalmente a mais temida. A famosa peneira comigo não foi diferente. Mantive o pensamento positivo durante todo o processo. Há quem diga que isso é ruim e pode criar frustrações, mas gosto muito mais de acreditar no pensamento positivo e que conseguimos tudo aquilo que mentalizamos.

A primeira entrevista, com o pessoal da STB, foi feita em trio. Durante a conversa tentei interagir o máximo com as duas pessoas que estavam sendo entrevistadas comigo (dizem que é uma característica que a Disney avalia bastante, sua habilidade de se comunicar com outras pessoas e ajuda-las se necessário, mesmo elas estando disputando a mesma vaga que você 🙂 e as respostas foram fluindo de forma bem natural.

As perguntas foram bem simples, basicamente apresentação (nome, idade, onde eu morava, faculdade e o que eu fazia no tempo livre) e relacionadas a intercâmbio. No total, a entrevista deve ter durado no máximo 10 minutos. Passa muito rápido! É até um pouco frustrante pensar que toda aquela ansiedade e preparo se resumem nesses 10 minutos, mas é assim mesmo faz parte do processo. Você tem que pensar que conseguiu passar todas suas informações e que teve uma boa entrevista (sorrindo sempre, mostrando segurança e falando sempre com calma pra não se atrapalhar no inglês).

Minha segunda entrevista foi com a Julie. As perguntas foram relacionadas novamente a faculdade e com a role que eu queria desempenhar na Disney, fui bem focada em Attractions e em nenhum momento ela mudou a direção da conversa. Como eu estava muito nervosa falei pelos cotovelos e no final da entrevista nem lembrava mais do que tinha falado.

O que mais me atrapalhou  durante a entrevista foi a sala. No mesmo ambiente que a Julie estava me entrevistando o Javier também estava entrevistando outra pessoa. No começo foi bem complicadinho, mas conforme a entrevista foi acontecendo consegui focar na minha e esquecer tudo que estava em volta.

E ai, acho que todo mundo concorda, chega a pior parte. Esperar pelo resultado é mais estressante do que se preparar pras entrevistas. Tentei focar na faculdade e não olhar muito nos grupos, mas cada dia que passava a ansiedade aumentava. Recebi meu e-mail escrito CONGRATULATIONS na aula mesmo e não consegui segurar o choro, a felicidade era tanta que ate hoje consigo sentir a emoção que foi ler aquilo. Fui selecionada pra segunda data, o que me atrapalhou bastante na faculdade, mas com muita conversa deu tudo certo consegui adiantar minhas provas e a partir daquele dia fiquei na contagem regressiva esperando que o grande dia chegasse.

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Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!