8 coisas que podem te ajudar na gravidez e no puerpério

A gestação e o puerpério são um período de muitas mudanças. São mudanças na rotina, no corpo, ansiedade e sem falar em todos os hormônios. Passar por tudo isso em outro país tem os seus desafios e neste post separei algumas coisas que podem facilitar e ajudar as grávidas e puérperas no Brasil (ou ao redor do mundo).

1. Terapia

Além de toda a mudança que acontece no seu corpo também existem mudanças de hormônios e até psíquicas. Eu me questionei em vários momentos o que eram todos esses sentimentos, sonhos malucos que eu estava tendo. Também tive fases de muita revolta com o mundo, e claro, com meu marido, porque parece que o parto, a gestação e o pós parto são coisas que só a mulher deve estar informada e na verdade o suporte e compreensão do parceiro são totalmente necessários! Meu marido chegou até a comentar que em todos os aplicativos que ele baixou para acompanhar a gestação as dicas para eram sempre relacionadas ao sexo ou falando para o marido não entrar na briga caso a mulher ficasse mais agressiva ou de mal humor.

Em relação ao pós parto eu só senti a queda hormonal depois dos 3 meses e ai me senti muito sozinha e esquecida. Parecia que eu estava em um buraco pedindo ajuda e que todo mundo passava por ele não me ouvia. Engraçado que eu me senti super sozinha, mas eu também me isolei e me calei, o que faz zero sentido né?! Fora que meu humor estava muito ou 8 ou 80 e todas as outras questões que aparecem durante toda essa nova fase. Então ter um horário marcado para falar sobre toda essa nova fase foi muito importante.

2. Exercício

Durante a gestação os exercícios te darão mais resistência, mobilidade, confiança além de ajudar a diminuir a ansiedade e o estresse. Durante os 10 meses eu fiz um acompanhamento com a @lannaiza que é especialista em treinos para gestantes e puérperas. Ela tem vários tipos de acompanhamento e o que eu fiz eram aulas por vídeo ao vivo 2x na semana. Eu amava as aulas, recomendo o acompanhamento e recomendo você seguir ela no Instagram porque ela da várias dicas para as gestantes. Assim que recebi liberação médica voltei a fazer os exercícios de pós parto com a Lanna para tratar a minha diástase.

3. Curso preparatório para o parto

Aqui na Alemanha o seguro saúde paga o curso preparatório para o parto. O que eu fiz eram 6 encontros que duravam umas 2h30. O meu curso foi online por conta da pandemia, mas por um lado foi bom porque o meu marido pode ouvir todas as aulas. A participação dele estava inclusa em apenas um encontro e nesse dia ele tinha que pagar extra. O curso foi legal porque conheci outras gestantes e compartilhamos muitas dicas e sintomas. A parteira (hebamme) explicou todas as informações da caderneta da gestante, sobre a dor do parto, como os parceiros podem nos ajudar durante o trabalho de parto, o que levar na mala da maternidade, explicou sobre amamentação e sempre pudemos tirar todas as dúvidas.

4. Boas informações

Informação nunca é de mais né?! Eu não sei você, mas saber o que vai ou pode acontecer durante o trabalho de parto me deixava mais calma e confiante. Li e vi vídeos sobre maternar, anestesia, maneiras diferentes de diminuir a dor do parto, sobre puerpério, violência obstétrica e amamentação. Mas também chegou uma hora que eu não queria ler mais nada. Só você sabe o seu limite de informação. Porque se isso for te deixar mais nervosa e ansiosa você já sabe que é hora de parar.

5. Relaxar

Sim, relaxar é preciso! Nos 3 primeiros meses eu só queria dormir, depois voltei a ter muita energia até chegar no 7/8 mês. Eu ficava cansada não só por conta da gestação, mas também pelas noites mal dormidas. Tive bastante insônia, então os cochilos a tarde eram super necessários. Eu sei que a gente quer se sentir útil, mas se possível também se permita não fazer nada e ter momentos só para você se sentir bem e feliz.

Se possível faça um babymoon. Não precisa ser uma super viagem, só um final de semana em um lugar diferente, só vocês dois, sem falar nada sobre parto, bebê e listas do que ainda falta fazer. Apenas para vocês relaxarem um pouco e se curtirem como casal.

Além disso eu também recomendo que você treine maneiras de como o seu parceiro poderia te ajudar a relaxar durante o trabalho de parto. Várias noites antes de dormi a gente colocava uma música de relaxamento e meu marido ia me guiando até eu conseguir relaxar. Isso também me ajudava a dormir melhor e me ajudou na hora do parto.

Para o pós parto recomendo você sair de casa todos os dias para tomar um ar fresco e se possível encontre suas amigas! Isso vai te ajudar a relaxar e renovar as energias.

6. Congelar comida

Nós resolvemos passar o primeiro mês sem ajuda de ninguém. Queríamos viver o primeiro mês de vida da Maia intensamente, então meu marido pegou férias por quase dois meses e eu resolvi deixar várias comidas congeladas para o pós parto. Meu marido falou diversas vezes que ele poderia cozinhar, mas eu ouvi de amigas e doulas que congelar a comida salvaria muito tempo então congelei para quando tivéssemos preguiça ou para quando ele voltasse a trabalhar. Congelei feijão, sopa, torta salgada, banana bread, arroz, strogonoff, creme de milho, etc.

7. Se manter hidratada

Quando eu falo em hidratar é tanto em relação a passar cremes como beber muita água. Eu não sei se todas as grávidas sentem tanta sede como eu senti, mas eu bebia fácil mais do que dois litros de água por dia. Sim, eu vivia indo ao banheiro, mas ou eu bebia ou minha boca ficava super seca. Na amamentação então nem se fala né?!

Em relação a cremes eu usei desde o começo o Cerave para corpo e rosto. A partir dos 6 meses comecei a usar o antiestrias da Isdin (depois do Cerave) nas coxas, barriga, seios e a última camada usava o Bi-Oil na barriga e nas coxas e um óleo de massagem para os seios da Weleda  *lembrando que não sou dermatologista! Isso só foi o que EU usei* e no final da gestação eu usei meia de compressão para os dias que minhas pernas ficavam inchadas.

8. Filtrar a “ajuda na gravidez e no puerpério”

Esse é muito importante! Filtre todos os pitacos e histórias trágicas de gravidez, parto, amamentação e por ai vai. Cada experiência é única! Trocar figurinhas é importante porque podemos aprender muito com a história do outro, mas saber filtrar as informações também é importante para não criar mais noias ou medos na sua cabeça. Durante a gestação eu ouvi vários questionamentos sobre o tamanho da minha barriga. Não está muito pequena? Não tinha que estar mais baixa? Nossa, sua barriga está muito grande! Você está cuidando da alimentação? Nossa mas você nem engordou! Genteeeeeee parem! Deixem as grávidas em paz! Ter ajuda na gravidez e no puerpério é muito importante, mas garanta que você está em uma rede de apoio saudável e recebendo informações vindas de especialistas.

Esta semana estamos fazendo uma maratona de posts sobre gravidez em outro país aqui no blog e no nosso instagram, não deixe de nos seguir para não perder nenhuma novidade.

Leia também:

5 coisas para fazer antes de engravidar

Juliana é brasileira com descendência árabe e portuguesa. Casada com um alemão, vive em Munique. Esse misto de culturas a transformou na mulher que é hoje. Intensa, sensível, família, alegre, comunicativa, prática e determinada. Ama viajar e se emocionar com a energia de cada lugar e pessoa. Foi durante a sua viagem de intercâmbio que começou a escrever um diário e então percebeu que a escrita era uma ótima maneira de se expressar, de se curar e de registrar momentos. Instagram @julianatorresberg