circo

Ah 2018, o que você me ensinou…

Lendo meus diários antigos vi que a muito tempo eu tenho o costume de listar todas as coisas boas e ruins que aconteceram no ano e assim concluir se meu ano foi bom ou não. As listas foram mudando ano a ano. As coisas ruins que começaram com perdi meu brinquedo, passaram por ninguém de entende, brigas com as amigas, fases ruins e bullying na escola, para o menino que eu gosto não me dá bola, por uma depressão de volta de intercâmbio, perda da minha avó, término de namoro, medo do futuro e foi assim que pela primeira vez me vi na terapia. Algo que por muitos anos tive medo de fazer. Ao mesmo tempo as boas foram, apesar de mais complexas, aumentando: de presentes legais do papai noel e novas brincadeiras, passou para boas notas, para viagens legais com a família, para um intercâmbio na Austrália, por um namoro muito bom, prêmios na universidade… Tudo foi ficando mais complexo  o que fez eu perceber que e não consigo mais listar os acontecimentos em categorias tão simples de bom ou ruim, tudo passou a ter dois lados, consequências e responsabilidades. Talvez essa seja uma boas vindas ao mundo adulto.



Pensei, pensei, pensei e repensei. Percebi que pensar não me leva a lugar nenhum. Tive medos que nunca tive, me senti sozinha. Me vi pequena no mundo pela primeira vez… Ué, o mundo não era meu? Levei nãos, percebi que não se pode ter tudo e que tem batalhas que precisamos perder. Larguei tudo, comecei tudo de novo. Percebi que às vezes não precisamos ter um grande objetivo, chorei, sorri. Ouvi Epitafio dos Titãs mais vezes do que imaginei, será que o acaso está mesmo me protegendo? Deixei o destino brincar comigo, e como ele brincou. Me levou para caminhos doidos e me ensinou que nada cai do céu e nem nunca caiu. Eu percebi que sempre batalhei pelo que eu queria e que não adianta colher os frutos sem começar uma nova plantação afinal, eles acabam… Entendi que a vida é dias de luta, dias de glória e que entre eles dias de choros fazem parte.

Sentei, chorei, levantei e resolvi. Entendi que nem tudo é como eu quero mas que as coisas podem ser melhores. Aprendi que o destino é consequência das nossas ações e que nem tudo é um sinal. Entendi que tem coisas e pessoas que não valem a pena. Decidi me preocupar menos. Vi minha vida de conto de fadas se tornar em uma novela mexicana e aprendi a rir disso.

Foi assim que me lembrei do meu desejo de ano novo, depois de ter o meu New Years Kiss com o Pateta na Disney: eu pedi para esse ser um ano em que eu conseguisse levar as coisas menos a sério. Levei minha promessa para o lado errado achando que isso significava me jogar na vida de festa e viver como se não houvesse amanhã. Quase no fim do ano entendi que não é isso, festas acabam, pessoas vão embora, dias de sol se tornam noites chuvosas, a ansiedade pega e se não cuidar a depressão também… É o mundo adulto tem bem menos fadas que o das crianças. Mas a vida é feita de fases e cada uma tem seus altos e baixos, seus dramas e suas complexidades. Por fim entendi que o importante é viver o hoje mas sabendo que o amanhã existe e que nem tudo precisa dar certo, que nãos fazem parte, que as coisas dão errado e que está tudo bem o que importa saber que não se pode parar de tentar.



Feliz Ano novo

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Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!